bullying infantil

O bullying infantil e as suas consequências nas vítimas

O bullying infantil e as suas consequências nas vítimas

O bullying infantil e as suas consequências nas vítimas

O bullying não é algo normal e não torna as crianças mais fortes. Perceba as consequências que este tipo de comportamento pode ter nas vítimas.

De há uns anos para cá, a palavra bullying passou a fazer parte do nosso léxico quotidiano, embora os comportamentos a que se refere já sejam há muito praticados por crianças e adolescentes.

Este é, naturalmente, um tema que preocupa os pais, quer os seus filhos sejam as vítimas, quer os seus filhos sejam os agressores.

Compreendam melhor este fenómeno e, sobretudo, as suas consequências imediatas e futuras nas vítimas. 

O bullying infantil e as suas consequências nas vítimas

A Ordem dos Psicólogos define o bullying como um comportamento intencionalmente agressivo, violento e humilhante. 

Geralmente, os agressores (bullies) fazem uso da sua suposta supremacia, física ou outra, sobre as vítimas, mais novas, mais pequenas ou, por alguma outra razão, mais indefesas. Trata-se de uma atitude continuada, que se repete ao longo do tempo.

Tipos de bullying

O bullying pode dividir-se em agressões físicas (bater, arranhar, cuspir, roubar ou partir objectos) ou verbais (chamar nomes, provocar, dizer às outras crianças para não serem amigas de uma delas, gozar). Outra forma de bullying é também excluir propositadamente alguém de um grupo.

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Contexto

Geralmente, os comportamentos associados ao bullying ocorrem na escola ou fora dela, como nos transportes públicos e, até, na internet, nomeadamente através das redes sociais (cyberbullying).

Consequências do bullying nas vítimas

Naturalmente que o bullying tem consequências a curto, a médio e a longo prazo nas vítimas. 

Essas consequências podem ser físicas, psicológicas ou outras e a sua gravidade depende do período de tempo em que a vítima sofreu de bullying, assim como da ajuda especializada de que beneficiou ou não para lidar com este problema.

Consequências psicológicas

Em termos psicológicos, as vítimas de bullying costumam sofrer de ansiedade, de stress e de medo. 

Em situações mais severas, prolongadas no tempo e sem acompanhamento de um profissional de saúde pode chegar-se a estados depressivos ou ao diagnóstico de outros distúrbios psiquiátricos.

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Consequências físicas

Quando o bullying se manifesta através de agressões físicas prolongadas, ele pode favorecer problemas como as doenças psicossomáticas, as adições (alcoolismo e toxicodependência), a automutilação, a depressão e o suicídio. 

Outras consequências

As principais consequências do bullying, como o medo e a ansiedade, podem fazer com que a criança vá perdendo o interesse na escola e nas suas atividades, principalmente quando realizadas em grupo. 

Assim, o rendimento escolar pode sair prejudicado e, em alguns casos, pode mesmo haver atrasos no desenvolvimento do menor. A nível comportamental, a criança tende a tornar-se mais retraída, tímida e pouco interativa.

O que devem fazer, se o vosso filho for vítima de bullying?

Segundo a Ordem dos Psicólogos, os pais de crianças vítimas de bullying podem adotar algumas medidas, tais como:

  • não incentivar a criança a reagir ao(s) agressor(es) com o mesmo tipo de atitudes;
  • agendar uma reunião na escola para falar com o Diretor de Turma e/ou Psicólogo da escola;
  • inspirar força e confiança na criança, garantindo que ela partilha com os pais todos os episódios de bullying que vive ou tenha vivido;
  • explicar à criança que ela deve sempre denunciar a agressão a um adulto que esteja na escola;
  • sugerir à criança que ande acompanhada com outros colegas, evitando o contacto com os agressores.

Conclusão

No entanto, a mensagem mais importante é mesmo a de procurar ajuda especializada, neste caso de um psicólogo, que poderá orientar melhor a criança e, também, os pais. 

Esta ajuda também é válida para as crianças que assumem o papel de agressores e que precisam, igualmente, de apoio psicológico.

Portanto, o conselho final é de que conversem diariamente com o vosso filho sobre a escola e estejam atentos a sinais que possam indiciar que algo não está bem. Em caso de dúvida, procurem ajuda!